Jornada: Da Literatura como experiência de pensamento

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JORNADA: DA LITERATURA COMO EXPERIÊNCIA DE PENSAMENTO
19 de Maio
FCSH, edifício ID, sala 1.05
Organização: Silvina Rodrigues Lopes, Jean-Charles-Darmon, Golgona Anghel

“O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê
Nem ver quando se pensa.”
Alberto Caeiro

Foucault (com Russel) Deleuze (com Carroll, Kafka ou Melville), Badiou (com Beckett ou Pessoa), Derrida (com Joyce ou Genet), Rancière (com Mallarmé, Flaubert) conseguiram, durante a segunda metade do século vinte, dar voz a uma constelação conceptual que não só se alimenta da literatura mas potencia os seus efeitos.
Esta relação não nos deixa indiferentes e é fundamental para entender que a literatura também pensa. Nela e através dela surgem questões, esboçam-se conceitos. Formam-se conceitos em andamento, verdadeiras personagens conceptuais, diriam Deleuze e Guattari, que deixam entrever a fulguração dum acontecimento do pensamento. A filosofia e a literatura são inseparáveis: “são necessárias as duas [...] como se fossem duas asas ou duas barbatanas”. Uma aliança produtiva, diríamos.
O nosso encontro não pretende, no entanto, colocar a questão apenas do lado da filosofia e assim estudar como é que os filósofos se apropriam da literatura. Não vamos pensar a literatura simplesmente como se fosse essa dimensão das margens da filosofia, mas antes colocar em questão o estatuto “filosófico” que atravessa as margens das produções literárias. (ver programa)

Grupo de Literatura e Filosofia
CEIL Centro de Estudos do Imaginário Literário
http://literaturaefilosofia.wordpress.com

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