Seminário de Estética Analítica

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PROGRAMA 2009-10 

O Seminário deste ano acolherá uma série de apresentações públicas, algumas delas focando tópicos particulares de estética analítica, outras relacionadas com questões de filosofia e literatura. As apresentações realizar-se-ão quinzenalmente, às quartas-feiras, no edifício de I&D da FCSH. A cada uma delas seguir-se-á uma sessão de debate de 45 min. Veja abaixo o nosso calendário de Outono/Inverno:

6 Jan: Sessão 6, 10-12h, FCSH
Carlos A. Pereira “Metáforas e Semelhanças”
A partir da perspectiva polémica de Davidson sobre metáforas será apresentada a caracterização da interpretação defendida por este filósofo. Esta caracterização será confrontada com o modo como, segundo Aristóteles, interpretamos palavras não-familiares, explorando-se o sentido em que “bem saber descobrir as metáforas significa bem se aperceber das semelhanças” (Poética 22, 1459a4). 

20 Jan: Sessão 7, 10-12h, FCSH
Nuno Amado “Fluxos e Refluxos: propriedades mentais como causas em arte”
Será explorada a relação entre mente artística e criação artística, procurando determinar se e em que medida processos e conteúdos mentais podem ser entendidos como causas de objectos artísticos. A discussão desenvolver-se-á a partir das curiosas observações de John Ashbery acerca da produção da sua própria poesia e a partir de uma noção de criação artística como resultado do tipo de exercício mental puro a que Wordsworth chamou “fluxos e refluxos da mente”.

3 Fev: Sessão 8, 10-12h, FCSH
Pedro Serras “Teoria da Mente como Teoria da Arte”
A possibilidade de construção de uma teoria da mente abre a porta para a elaboração de uma teoria do sentido e da interpretação de obras de arte. A teoria de Jerry Fodor, vertida no seu primeiro capítulo de Psychosemantics, para construir uma psicologia de senso comum com base em crenças e desejos é uma proposta para a criação de uma Teoria Representacional da Mente que, através da dependência da computação de uma linguagem da mente, permitiria gerar um modelo computacional da interpretação. Apesar de Fodor pretender teorizar sobre uma psicologia de cariz popular a partir de um exemplo literário, podendo-se ver na tese esboçada um modelo para explicar o comportamento de personagens e de leitores, o carácter geral da teoria sobre o comportamento e sobre a acção retiram-lhe qualquer especificidade enquanto teoria distintiva do fenómeno literário, pelo que o valor de verdade que decorra da tese de Fodor aplicar-se-á tanto à interpretação literária como a qualquer outro tipo de interacção humana com obras de arte.

17 Fev: Sessão 9, 10-12h, FCSH
Pedro Espírito Santo “Observações sobre a Crítica da Faculdade de Julgar”
À luz da Crítica da Faculdade de Julgar de Kant, averiguaremos a hipótese de ser a tensão natural no homem para a construção de um acesso cognitivo ao apresentado, na forma da procura de regularidades, a tornar-nos aptos à experiência do belo. Tentaremos explorar a possibilidade de uma articulação destes temas de Kant com questões acerca da aprendizagem de uma língua, intensionalidade e observação de regras.

24 Fev: Sessão 10, 10-12h. FCSH
Pedro Farinha Gomes “Vida e Morte: práticas com células humanas”
Será discutida a obtenção/criação de “esculturas biológicas” de partes do corpo humano a partir de culturas de células em condições específicas, considerando as implicações deste tipo de práticas para uma descrição de arte e de técnica artística.

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