Primeiro ponto:
Não sei o que é reler, nem sei sequer se sei o que é ler, mas enfim... continuemos a utilizar estes termos.
Segundo ponto, aquele que realmente interessa:
Neste tempo em que a fome pelo conhecimento faustesco assoma em cada olhar, nesta era em que cada leitura, como qualquer acto, se reveste de funcionalidade absoluta, nesta época de informação pele-de-cobra-descartável, o prazer já pouco deve a ele próprio.
Terceiro Ponto, o que é claramente pessoal:
Li uma quantidade considerável de livros nos últimos meses. Porém, apesar da grande quantidade de informação que me foi possível registar, poucos me deram leituras verdadeiramente prazerosas. Exceptuando o drama Manfredo (Lord Byron), e os poemas em prosa caídos no Spleen de Paris (Baudelaire), os momentos de arrebatamento rarearam.
Comecei a culpar-me, como seria de esperar, e a ilibar os grandes nomes que por mim passavam.
Mas eis que voltei a ler duas das obras que outrora me haviam levado a espasmos de prazer: Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis) e O Processo (Franz Kafka). Deixei de me culpar. A releitura libertou-me.
São eles que nos escolhem, não somos nós que os escolhemos... já dizia o outro.
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on sexta-feira, 6 de novembro de 2009
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