"para viajar na minha imaginação até à Grécia..."

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Ifigénia na Táurida de Goethe
De 24 de Setembro a 1 de Novembro de 2009
Teatro do Bairro Alto, Lisboa
de terça a sábado às 21:30. Domingos às 16:00
duração do espectáculo 1h45m

Recriação poética: Frederico Lourenço
Encenação: Luis Miguel Cintra
Cenário e Figurinos: Cristina Reis
Desenho de luz: Daniel Worm D’Assumpção
Interpretação: Beatriz Batarda, José Manuel Mendes, Luis Miguel Cintra, Paulo Moura Lopes e Vítor de Andrade. 


No fim do século XVIII, momento de grandes transformações políticas e culturais na Europa, Goethe, apaixonado pela cultura grega da Antiguidade, volta a trazer para o teatro a história de Ifigénia, a filha de Agamémnon e Clitemnestra que Diana salvou da morte quando o pai a queria oferecer em sacrifício. Muitos anos viveu Ifigénia na Táurida como sacerdotisa de Diana, depois de para ali ter sido trazida pela deusa. A peça conta o dia em que seu irmão Orestes, perseguido pelas Fúrias depois de vingar a morte do pai assassinando a mãe, chega com o amigo Pílades a essa terra de bárbaros, resgata a irmã do poder do rei Toas e regressa à Grécia para limpar a sua geração da maldição divina. Com a sua revisão do mito antigo, Goethe questiona em versos belíssimos o conceito de humanidade, a relação dos homens com os deuses, a tensão entre a ideia de destino e a liberdade, a condição das mulheres, e a própria noção de soberania política. É a defesa da paz, de uma nova ética, do equilíbrio do sentimento com a razão, de nova harmonia nas relações humanas, e de uma renovação das consciências.

A peça, de um requintadíssimo despojamento, assenta no trabalho rigoroso de 5 actores que actuarão num cenário de Cristina Reis iluminado por Daniel Worm d’Assumpção. Beatriz Batarda regressa à Companhia para interpretar o papel titular, agora dirigida por Luis Miguel Cintra, que interpretará também o rei Toas. Orestes será Paulo Moura Lopes e Pílades Vítor de Andrade. José Manuel Mendes será Arcas, o mensageiro do rei.

Não é a primeira vez que a Cornucópia aborda o teatro alemão do Romantismo e do pré-Romantismo, pouco conhecido do público português, mas apaixonante na sua importância para a História da Cultura Ocidental. Foi aliás na sequência da encenação pela Companhia da sua recriação de Don Carlos de Schiller, contemporâneo e amigo de Goethe, que Frederico Lourenço recriou a Ifigénia para o Teatro da Cornucópia. Já em Lenz, Hölderlin, Grabbe, Kleist e Büchner, no debate ideológico que todos eles transformam em teatro, a Cornucópia encontrara razões para a sua encenação contemporânea.

Retirado de: http://www.teatro-cornucopia.pt/

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1 comentários

Gostei tanto! :)

15 de outubro de 2009 às 11:48

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