Dentro das tuas botas de borracha
fizeram teus pés calo e ferida,
mas também desenharam o mapa da tua terra Timor
e sentiram o formigueiro que precede o combate.
Não importa por isso se às vezes quiseste que as botas
tivessem asas, quando o coração disparava
e rezavas alto para que as munições continuassem
a assobiar-te aos ouvidos
em vez de te perfurarem o corpo magro.
E agora quando descansas oculto no matagal sorris
pensando que um dia irás oferecer as botas
a um museu.
"Botas de Borracha", Afonso Busa Metan
fizeram teus pés calo e ferida,
mas também desenharam o mapa da tua terra Timor
e sentiram o formigueiro que precede o combate.
Não importa por isso se às vezes quiseste que as botas
tivessem asas, quando o coração disparava
e rezavas alto para que as munições continuassem
a assobiar-te aos ouvidos
em vez de te perfurarem o corpo magro.
E agora quando descansas oculto no matagal sorris
pensando que um dia irás oferecer as botas
a um museu.
"Botas de Borracha", Afonso Busa Metan
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on domingo, 21 de junho de 2009
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Língua Portuguesa,
Oriente,
Telemaquia: Poesia com Direito de Resposta
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