S.O.S
Vai ao fundo o navio,
Mas eu sou o homem da telegrafia,
O que lança nas asas do vazio
O adeus da agonia...
Sei que ninguém acode à íntima certeza
De que tudo acabou quando naufraga
O veleiro do sonho.
Mas honrado poeta sinaleiro
Do destino de quantos aqui vão,
Ponho
A correr mundo o grito derradeiro
Da nossa desgraçada perdição.
Miguel Torga, Cântico do Homem
This entry was posted
on sábado, 22 de novembro de 2008
at sábado, novembro 22, 2008
and is filed under
Literatura
. You can follow any responses to this entry through the
comments feed
.