Despedida (fr. 94 PLF)
Morrer, é isso que quero: não estou a fingir.
Ela despedia-se de mim com muitas lágrimas
E ainda me disse
“Ai, que coisas terríveis nós sofremos,
Ó Safo! É contra a minha vontade que te deixo.”
A ela respondi estas palavras:
“Vai, sê feliz e lembra-te
de mim. Pois sabes como te amei.
Se não sabes, quero eu agora
recordar-te…
…as coisas belas que experimentámos.
Com muitas grinaldas de violetas
e de rosas e de açafrão conjuntamente
… tu punhas ao meu lado;
e muitas grinaldas entretecidas
atiraste em torno do meu macio pescoço,
grinaldas entretecidas com flores;
e com abundante… perfume
floral…
digno de uma rainha te ungiste;
e numa cama macia
suave…
satisfazias o desejo…
e não havia…
altar…
de que estivéssemos ausentes;
nem bosque…dança
…som.
Morrer, é isso que quero: não estou a fingir.
Ela despedia-se de mim com muitas lágrimas
E ainda me disse
“Ai, que coisas terríveis nós sofremos,
Ó Safo! É contra a minha vontade que te deixo.”
A ela respondi estas palavras:
“Vai, sê feliz e lembra-te
de mim. Pois sabes como te amei.
Se não sabes, quero eu agora
recordar-te…
…as coisas belas que experimentámos.
Com muitas grinaldas de violetas
e de rosas e de açafrão conjuntamente
… tu punhas ao meu lado;
e muitas grinaldas entretecidas
atiraste em torno do meu macio pescoço,
grinaldas entretecidas com flores;
e com abundante… perfume
floral…
digno de uma rainha te ungiste;
e numa cama macia
suave…
satisfazias o desejo…
e não havia…
altar…
de que estivéssemos ausentes;
nem bosque…dança
…som.
Safo; trad. Frederico Lourenço
Quem, ó Safo, que cantavas o amor,
a família, a amizade, a beleza e o respeito,
te destruiu a obra?
This entry was posted
on segunda-feira, 10 de maio de 2010
at segunda-feira, maio 10, 2010
and is filed under
Poesia
. You can follow any responses to this entry through the
comments feed
.