Ainda esta semana, a campanha de auto promoção da revista semanal do diário espanhol "El País" incluía na plêiade de gente das artes que garante não poder viver sem aquele magazine, o escritor Álvaro Pombo. Uma estrela quase pop ao lado de Alessandro Sanz, de realizadores de cinema como Alex de La Iglesia ou de actrizes como Maribel Verdú. É o avô "cool" que o mundo das artes adoptou. Com 70 anos, o romancista, poeta, académico, homossexual há muito assumido, sabe que a sua opinião pesa na sociedade. E aprendeu a retirar vantagens de ver tantas vezes a sua cara impressa seja em papel "couché" ou noutro. Há quatro anos expôs o corpo ao crivo das balas com o romance "Contra - Natura". Foi duramente criticado pelos colectivos Gay e pela igreja. Lido de forma superficial.
"Contra - Natura", o primeiro livro da Minotauro, a nova chancela das Edições 70 aposta forte na divulgação da literatura de autores espanhóis contemporâneos, é um romance rude e sofisticado, misturado à mão. Nele, dois septuagenários, Javier Salazar e Paco Allende, que andaram no mesmo seminário, plasmam dois caminhos possíveis de viver a homossexualidade sobretudo na forma como convivem, engatam e pensam o amor com os mais jovens. Um pragmático e um romântico, os dois são porta vozes das perplexidades de enfrentar a sua condição num tempo de armários escancarados para a comunidade homossexual espanhola.
Conversa com um homem sincero. (Ler entrevista aqui)
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on quarta-feira, 21 de outubro de 2009
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