Os laboraré yo un pendón

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Agora baixou o sol, louvado seja o Senhor!
Eu casei com uma donzela, filha é dum lavrador.
Joguei tudo o que ela tinha, tudo quanto nos deu o Senhor;
Desde que joguei o que tinha, aprendi a podador;
Depois da vinha podada, esvida-a tu, ó meu amor.
Tenho os dedos delgadinhos, mas não é para esvidar, não.
-- Ó meu amor, se tu fores à feira de Aragão,
traz-me agulhas e linhas para bordar um pendão.
Para onde quer que tu fores, não haverá outro melhor:
Numa ponta há-de ter a lua e noutra os raios do sol,
Lá no meio disso tudo terá Cristo Redentor.


- Versão de Rebordainhos (c. Bragança, dist. Bragança, Trás-os-Montes, Portugal). Documentada em ou antes de 1960. Publicada em Leite de Vasconcellos 1958-1960, II. 263. Reeditada em RºPortTOM2000, vol. 4, nº 1364, pp. 120-121. © Fundação Calouste Gulbenkian. 022 hemist. Música registrada.
- Acessível na base de dados do Proyecto sobre el Romancero pan-hispánico, da Universidade de Washington.

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