nenhuma arte, nenhum saber, memórias
nada na manga metálica dos olhos
nada no simples claro contratempo
nas palavras medidas pelo breve
indício do sentido.
venha comigo ver os nunca vistos
desastres do jamais acontecido
objectos, por ora, cintilantes
e vastos como cidades de além-terra, quando
o corpo em vão mastiga sede e sangue.
inquira
a física do som e da visão
com passagem pelo tormento.
nenhuma arte, veja, voz alguma.
António Franco Alexandre; A Pequena Face; 1983
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on sábado, 11 de julho de 2009
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Literatura,
Telemaquia: Poesia com Direito de Resposta
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