Textos, dúvidas ou sugestões:
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O texto do Christopher Trust tem patamares de entendimento como as escadas, fluidez que nos faz subir, tormentos descritos que nos fazem descer... Bastante bom!
Boas Férias e Festas Felizes para a Telemaquia e visitantes *
Hmmmm...
1. A Telemaquia vai de férias, mas o blog segue activo: não pensem que se escapam a umas quantas mensagens natalícias!
2. Um agradecimento à estimada EC, que, já por mais de uma vez, se revelou uma amiga da Telemaquia!
3. *Quem é Christopher Trust?* (andamos por aqui a perguntar) Escreva, escreva, que a Corneta precisa alimentar-se!
Cumprimentos a todos! =)
O «croupier» segurava o baralho,
Desajeitadamente,
Sem dar importância ao que tinha entre mãos,
São cartas soltas, reunidas para a ocasião
Num único baralho, cobiçado por todos.
Tudo é aparentemente tão simples.
Todos olham fixamente para elas,
Esperando que possa repartir
Igualmente a sua tremura.
O movimento certo e intuitivo
Da partilha…desigual…
Nuas…deixam apenas uma imagem fugaz
De oiro, notas soltas, cheiros… Impossíveis de recusar.
Oferece ao único vencedor, instantes de glória,
Risos sarcásticos celebrando a vitória.
Elevam-se procurando o que o baralho
Poderá ainda resguardar.
Descobre-lhe a forma, o fundo que ele próprio cavou…
Sente o poder que o baralho exerce,
Empurra-te agora… já ninguém baralha,
Não precisas mais…já ninguém te vê,
A última carta…a morte, a última surpresa…
Apesar de algumas hesitações, senti que tudo se tornava a pouco e pouco mais fácil. Acabei inevitavelmente por sucumbir. A sua voz, as suas palavras segredadas… Surge, envolto em mistério, a personagem. Christopher Trust. Totalmente desconhecido, vindo de nenhures…assombração dos meus medos. Percebo hoje o quanto é desconcertante reconhecer a veracidade dos seus dizeres, maldizeres talvez considerem alguns. Necessários. Despropositados, melhor fosse aceitar a degradação que prolifera. Insensato. Basta. Sejamos todos uma única voz… Talvez, eles, consigam atingir a salvação, enrolando o fio á volta de suas cabeças…Nós…Jamais.
P.S: O nome estrangeiro sempre confere uma tonalidade mais sério… Confiem, acreditem…
Por que é que o nome estrangeiro confere uma tonalidade mais séria...?
É giro imaginar Honório Balzac e, vendo a foto dele, parece tudo coisa de talhante.